desde que te olhei naquela festa com olhar de fuga, você foi minha exceção.Quando decidi ficar nos teus braços e por algum motivo não me sentir errada por isso, você foi a minha exceção.Quando te mostrei de cara quem eu era de verdade, te levando por aí, descalços em uma cidade estranha, a igrejinha era um pretexto e você era minha exceção. Naquele momento em que, por embriaguez ou sabedoria, deixei o barco andar por conta própria, sem medo do amanhã.Naquela fração de segundo em que perdi a pressa,o rumo, o juízo e profanei a minha pose de santa.Naquela noite, você era a minha exceção.
Agora, a bailarina que dança com os pés descalços e a liberdade de uma borboleta,se arrasta com a leveza de te ter no olhar.É que,sabe,não foi só o barco, o abandonado.De repente, me vi sozinha no meio do oceano sem ter com o que remar e a maré da saudade me acertou em cheio no meio desse dia que é o teu.Me sinto perdida,por aqui, enquanto,daí, você me ajuda a voltar pra casa.
Andei escrevendo sobre você e meu texto ficou sem final, embora eu conclua sem medo de errar : você é o meu caminho torto e minha bússola,minha grande exceção.
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